segunda-feira, 9 de junho de 2008

História geral...Guerra de Secessão, revolução industrial

História geral

Nível fundametal

Guerra de Secessão (1861-1865)

Introdução
O estudo da denominada Guerra de Secessão (separação) iniciada em abril de 1861, ocasionada por diferenciados interesses econômicos e políticos entre o sul e norte, permite reconhecer os posicionamentos dos sujeitos históricos envolvidos e ainda algumas das raízes da condução da economia dos Estados Unidos da América.
Além disso, os alunos podem desenvolver seus conhecimentos sobre a exploração da mão-de-obra daqueles que foram escravizados e entender como essa mesma mão-de-obra sustentou não só a economia brasileira, mas também a economia de outras regiões do planeta, sem desprezar os conflitos em nome do fim ou da manutenção da escravidão.
Objetivos
1) Reconhecimento do contexto histórico em que inicia a guerra civil.
2) Percepção dos diferentes interesses entre os Estados do norte (industrializado e interessado no protecionismo alfandegário) e do sul (economia agrária que defendia a liberdade de comércio).
3) A luta a favor e contra a abolição e os interesses econômicos relacionados a ela.
4) As repercussões da Guerra de Secessão no Brasil: a venda do algodão brasileiro e a formação da cidade de Americana.
Estratégias
1) Inicie a aula com uma explanação sobre o contexto histórico em que foi iniciada a Guerra de Secessão. É fundamental que os alunos percebam o quanto o período de desenvolvimento influenciou na ocorrência do conflito. É relevante tratar com os alunos o que proporciona o crescimento territorial que se efetivava, quem perdia e quem ganhava com tal desenvolvimento.
2) Depois da fase expositiva e dialogada da aula, divida a sala em dois grandes grupos. Um deles representará os Estados do norte e outro os Estados do sul. Apresente as condições econômicas das elites dos dois grupos, do que viviam, o que garantia seus principais ganhos econômicos, suas expectativas e interesses etc. Procure fazê-lo de modo que os grupos percebam as diferenças econômicas entre as duas regiões e entendam o distanciamento em relação às idéias abolicionistas.
3) Depois deste trabalho de reconhecimento das intencionalidades dos agentes históricos, leve a sala de aula pequenos cartazes (folhas sulfites) em que estejam escritas as intenções dos Estados do sul e do norte. Separe a lousa em duas partes (uma representando os Estados do sul e outra os estados do norte) e peça aos alunos que digam em que grupo se encaixa corretamente cada uma das informações que você lerá e fixará no espaço definido pela maioria.
Observação: Ainda não faça correções, caso algum dado seja colocado incorretamente, e observe por meio das colocações dos alunos se alguma idéia precisará ser esclarecida ou retomada. Desse modo se efetiva um processo de recuperação contínua do aprendizado.
4) Faça questões problematizadoras: Quem vocês acham que venceu o conflito? Por que razão?
Use as idéias levantadas pelos alunos para demonstrar os resultados, efeitos e relações desta guerra no passado e suas relações com o presente.
5) Por fim volte ao quadro montado pela sala, faça as devidas correções ou mesmo aprofunde aspectos fundamentais sobre este fato histórico.
Atividade
1) Para que os alunos reconheçam a relevância desse episódio histórico entregue pequenos textos retirados de diversas obras (livros didáticos, revistas, etc.) e peça que metade das equipes (cerca de três alunos cada) busque as relações desse evento histórico com a realidade brasileira e o restante dos grupos presentes na sala analise mais aspectos sobre a luta abolicionista e seus opositores.
2) Nesse momento, os grupos devem fazer os registros das descobertas em cartazes, que serão usados para apresentar suas conclusões sobre o tema estudado para toda a turma.




Revolução Industrial

Introdução
Refletir sobre os resultados da efetivação do imperialismo na África possibilita o reconhecimento de algumas problemáticas atuais no continente. É fundamental que este trabalho se desenvolva valorizando a diversidade cultural africana sem que sua história fique atrelada ao desenvolvimento histórico europeu.
Esta abordagem permite analisar não apenas aspectos econômicos e políticos que levaram ao processo de neocolonialismo, mas também estabelecer reflexões sobre as idéias que o legitimaram.
Objetivos
1) Reconhecimento do contexto e das justificativas para a efetivação do imperialismo.
2) Análise de mapa.
3) Reconhecimento e debate sobre o conceito de imperialismo.
4) Uso de histórias em quadrinhos para a construção do conhecimento histórico e análise dos quadrinhos como documento histórico.
Estratégias
1) Leve à sala de aula um mapa do território africano dividido entre os países imperialistas. Peça que os alunos o observem atentamente e levantem questões como: "Por que os nomes de outros países estão presentes no mapa africano?"; "Este mapa é semelhante ao do continente africano na atualidade?".
2) Exponha uma pequena definição do que significa o termo imperialismo. Use o retroprojetor, peça que um aluno leia e inicie um debate com os alunos.
3) Agora peça que os alunos relacionem o mapa ao conceito. Utilize suas conclusões para iniciar a apresentação desta temática de modo expositivo. É fundamental que os aspectos culturais africanos que foram desconsiderados nessa "partilha da África" sejam abordados, além dos aspectos econômicos e políticos.
4) Depois da reflexão referente às razões econômicas e políticas da exploração imperialista, questione a turma se esse tipo de exploração seria efetuado sem que nada o legitimasse. Neste momento é fundamental que os alunos percebam a necessidade de observar diferentes aspectos de um dado contexto histórico para que ele possa ser percebido em toda sua complexidade. Então, aborde o que foi o darwinismo social e sua utilização.
Atividades
1) Entregue aos alunos, dispostos em duplas, textos para aprofundamento da temática em análise.
2) Traga para a sala de aula uma pequena história em quadrinhos e faça um procedimento de leitura como documento histórico. Tal procedimento permitirá que os alunos percebam quais estratégias podem usar na construção de sua história em quadrinhos e como analisá-las numa pesquisa histórica.
3) Peça que os alunos criem uma história em quadrinhos que apresente o processo de colonização africana. Devem ser criados os personagens e na história é fundamental que os aspectos tratados em sala de aula sejam retomados. Os quadrinhos permitem ilustrar o conhecimento e podem ser também usados para análise de conceitos utilizados na história, estudados como registro de época etc.
4) Peça que algumas duplas apresentem aos colegas os procedimentos escolhidos para tratar a problemática na história em quadrinhos.
5) Para finalizar o trabalho exponha a produção de toda a turma para que as várias histórias sejam socializadas. Nesta exposição é interessante retomar o uso dos quadrinhos para a disciplina e fazer um pequeno registro no mesmo mural.
Sugestões
O uso das histórias em quadrinhos é uma estratégia que possibilita o desenvolvimento de uma série de habilidades e competências. Neste sentido, a atividade pode ser desenvolvida de modo interdisciplinar. Isso pode tornar a proposta ainda mais significativa para os alunos.
Seu uso é muito mais complexo e apresenta muitas outras possibilidades, além das apresentadas neste plano. Para que se possa conhecer outras estratégias de uso, a obra "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula" permite importante aprofundamento.
BARBOSA, Alexandre. "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula". Alexandre Barbosa, Paulo Ramos, Túlio Vilela, Ângela Rama, Waldomiro Vergueiro, (orgs.). 2a ed. - São Paulo: Contexto, 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário