História geral
Nível fundamental
A Sociedade de Corte e o nascimento da etiqueta
Objetivos
1) Caracterizar a sociedade de corte da época Moderna;
2) Relacionar o surgimento da etiqueta à sociedade de corte;
3) Caracterizar o conceito de civilização.
Ponto de partida
1) Ler o item Isolamento e Proteção, do artigo Feudalismo, disponível no site Educação;
2) Ler o texto "Novo Tratado de Civilidade", de Antoine de Coutin, ou seu trecho abaixo transcrito.
Justificativa
O conceito de civilização, na definição de Norbert Elias, acompanha o processo de perda da função social da nobreza guerreira e a conseqüente aproximação dessa classe social ao monarca fortalecido. Conhecer e caracterizar os processos culturais que modificaram a mentalidade da aristocracia francesa contribui para solucionar muitos dos problemas conceituais que levaram à Revolução Francesa. Em especial, aqueles relacionados à explosão de rebeliões camponesas contra os símbolos do poder absolutista, intimamente ligados à opressão da corte aristocrática.
Estratégias
1) Conversa inicial com os alunos sobre os procedimentos que adotamos para sentarmo-nos à mesa para as refeições.
2) Comparar o uso de cadeiras e talheres ao procedimento de outras sociedades, tais como a japonesa - com o uso de "hashis" e acomodação ao solo - ou a indígena - sem o uso de talheres. Essa etapa pode ser feita a partir de pesquisas realizadas previamente pelos alunos.
3) Ler o seguinte texto de Antoine de Coutin:
“Se todos estão se servindo do mesmo prato, evite pôr nele a mão antes que o tenham feito as pessoas da mais alta categoria, e trate de tirar o alimento apenas da parte do prato que está à sua frente. Ainda menos deve pegar as melhores porções, mesmo que aconteça você ser o último a se servir.Cabe observar ainda que você sempre deve limpar a colher quando, depois de usá-la, quiser tirar alguma coisa de outro prato, havendo pessoas tão delicadas que não querem tomar a sopa na qual mergulhou a colher depois de a ter levado à boca.E, ainda mais, se estás à mesa de pessoas refinadas, não é suficiente enxugar a colher depois de a ter levado à boca. Não deves usá-la mais, e sim pedir outra. Além disso, em muitos lugares, colheres são trazidas com o prato, e estas servem apenas para tirar a sopa e o molho.Você não deve tomar a sopa na sopeira, mas colocá-la no seu prato fundo. Se ela estiver quente demais, é indelicado soprar cada colherada. Deve esperar até que esfrie.Se tiver a infelicidade de queimar a boca, deve suportar isto pacientemente, se puder, sem demonstrar, mas se a queimadura for insuportável, como às vezes acontece, deve, antes que os outros notem, pegar seu prato imediatamente com u’a mão e levá-lo à boca e rapidamente passá-lo ao lacaio atrás de sua cadeira.”
Coutin, Antoine de. Novo tratado de civilidade, in Elias, Norbert. “O Processo Civilizador. Uma História dos Costumes." Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1990, p.102.
4) Associar o "processo civilizador" à nossa maneira de sentarmo-nos à mesa.
5) Elaborar hipóteses acerca do procedimento medieval para as refeições.
6) Extrair do texto procedimentos de elegância, refinamento, higiene e controle corporal adotados pela sociedade de corte.
7) Estabelecer as funções sociais da nobreza francesa antes e depois da centralização monárquica.
Tempo e calendário
Objetivos
1) Questionamento com relação à subjetividade do "passar do tempo", relacionando-o com atividades prazerosas e não prazerosas;
2) Desenvolvimento da percepção de diferentes tempos: psicológico, biológico, e astronômico para a construção do tempo histórico;
3) Identificar as maneiras de representação da passagem do tempo;
4) Conhecer a historicidade do calendário utilizado atualmente e estabelecer relações de permanência e mudança entre as diferentes temporalidades (passado e presente), uma vez que várias tradições culturais de outros tempos permanecem vivas no presente.
Ponto de Partida
1) Ler o texto Calendário, no site Educação do UOL.
Justificativa
Desenvolver no aluno a noção de tempo histórico não é somente limitá-lo ao desenvolvimento do tempo cronológico referente à localização de datas, séculos e à periodização. Exige-se uma reflexão cuidadosa por parte do historiador em mostrar ao aluno que a própria forma de contarmos o tempo em nossa sociedade é histórica, ou seja, é fruto de uma determinada cultura ao estabelecer uma interação entre o tempo da natureza e o tempo dos homens na organização da vida social.
Estratégias
1) Para que possamos desenvolver nos nossos alunos a noção de tempo histórico, devemos primeiramente despertar noções que a antecedem. Para isso, se faz necessário introduzir questões que agucem a percepção da passagem do tempo de variadas formas. Portanto, o professor deverá lançar questões problematizadoras em torno do tempo (psicológico, biológico e atronômico), elaborando perguntas que abordem situações vivenciadas no cotidiano dos alunos. Exemplos:
· O que demora mais para passar: cinco minutos no recreio da escola ou cinco minutos na cadeira de um dentista?
· O crescimento dos seus cabelos, das suas unhas é uma forma de perceber a passagem do tempo?
· As diversas fases pelas quais a Lua passa também é uma maneira de perceber a passagem do tempo?
2) Uma vez realizada a proposta acima, os alunos estarão aptos para entender e desenvolverm a noção de tempo histórico. Dessa forma, o professor poderá solicitar aos alunos que façam a leitura silenciosa e individualmente do texto intitulado "Calendário". Paralelamente à leitura, peça que destaquem com uma caneta marca-texto as palavras desconhecidas.
3) O professor poderá montar uma caixa pedagógica com dicionários específicos da disciplina de História, ou então com dicionários da própria Língua Portuguesa e levá-los para a sala de aula, pondo-os à disposição dos grupos para o momento de consulta.
4) Solicite aos alunos que se organizem em pequenos grupos e realizem um glossário das palavras que até então eram desconhecidas. Oriente os grupos a registrar neste glossário somente o significado mais adequado ao texto que está sendo objeto de reflexão.
5) Agora, analisando sob o ponto de vista da noção de tempo histórico, o professor poderá pedir a seus alunos que apontem no texto uma situação ocorrida no passado e que permanece viva no nosso presente. O próprio tema do texto leva à resposta correta. Portanto, pretende-se mostrar que a mensuração do tempo da qual somos herdeiros possui uma historicidade dotada de permanências e mudanças, revelando que a medida do tempo é uma convenção criada pelo homem na sua relação com a natureza, com o seu modo de vida e sua concepção de mundo.
Mitos da Criação
Objetivos
1) Conceituação de mito e história nas sociedades antigas e modernas.
2) Valorização da tradição oral pelas narrativas mitológicas.
3) Conhecimento das variadas concepções de origem do mundo a partir de mitos de diversos povos.
4) Comparação entre mitos produzidos em regiões geograficamente distantes entre si, mas com enredos semelhantes.
5) Reconhecimento da importância das narrativas mitológicas para preservação da história-memória dos povos.
Ponto de Partida
1) Ler o texto "Mitologia - uma das formas que o homem encontrou para explicar o mundo
Justificativa
Nas sociedades antigas, ditas primitivas, o mito não faz parte da história, mas, sim, é a própria história. Já em nossa sociedade, o mito e a história são concebidos de maneiras distintas e diante do pensamento empírico-científico, mito e história assumem categorias bem definidas e dissociáveis entre si.
Para quem vive em uma cultura mitológica, tudo o que se faz na vida é um ritual, apenas uma repetição de eventos que ocorreram nos mitos; é uma visão cíclica e o tempo cronológico não tem nenhuma importância, uma vez que o "começo" pode ser sempre restabelecido.
Embora a sociedade ocidental moderna, da qual fazemos parte, compreenda a história, de maneira geral, de forma linear, várias de nossas ações podem ser consideradas uma repetição de eventos cíclicos, como os que ocorrem nos mitos. Um exemplo disso é a nossa festa de ano novo, muito significativa para nós, porque nos traz um sentimento de renovação, de esperança, de recomeço.
Estratégias
1) Para saber o que uma classe conhece do conceito de mitologia, o professor poderia iniciar a aula perguntando a alguns alunos: Quando se fala em mitologia, que palavra lhe vem à mente?
2) Organizar a lousa de modo que cada fileira de alunos (por exemplo) seja representada por uma coluna. Dessa forma, registrar na lousa a resposta de cada aluno, com a palavra que lhe veio à mente quando se falou em mitologia. Para que a aula fique mais envolvente e o aluno pense mais sobre a palavra que vai dizer, informe que é proibido repetir palavras que outro aluno já tenha falado. Eles deverão ser criativos e rápidos neste primeiro exercício.
3) Agora, o professor poderá apresentar o texto que será objeto de reflexão e discussão da aula: "Mitologia - uma das formas que o homem encontrou para explicar o mundo". Fica a critério do professor realizar a leitura em voz alta para toda a classe ou deixar que os alunos individualmente a realizem.
4) Solicite que, ao lerem o texto, os alunos grifem com uma caneta marca-texto as palavras que por ventura forem as mesmas registradas na lousa. O professor deverá chamar a atenção sobre essas palavras, pois são reveladoras do quanto os próprios alunos são detentores de um conhecimento prévio.
5) Após este exercício inicial, é interessante que o professor reflita com a classe sobre a diferença entre mito e teoria científica. É importante que os alunos percebam as diferenças, mas não as classifiquem como certas ou erradas. Deve-se ressaltar que os mitos trabalham com uma outra temporalidade, que não é precisa nem linear.
6) O professor também deverá assegurar uma atividade que mostre o paralelismo entre vários mitos, principalmente aqueles que dizem respeito à criação do mundo, contados em regiões geograficamente distantes entre si. Traçar esses paralelismos requer, por parte dos alunos, o envolvimento com pesquisa e com cartografia para localizar os lugares onde as narrativas mitológicas se originaram.
7) Para que todos os grupos tenham acesso aos outros mitos pesquisados, o professor deverá solicitar que cada grupo monte um painel, como uma sucessão de pequenos quadros onde o mito poderá ser compreendido não por meio da escrita, mas por meio dos desenhos elaborados pelo grupo.
8) Essa etapa do trabalho poderá ser compartilhada com a disciplina de Artes, inclusive os desenhos poderão mostrar as técnicas de pintura que os alunos aprenderam nessa disciplina.
Como desafio, cada grupo deverá fazer a leitura das imagens produzidas pelo outro grupo, além de dizer de qual povo pertence a narrativa mitológica.
Após a apresentação de todos os grupos, os alunos deverão indicar quais narrativas mitológicas são semelhantes entre si.
9) Após as apresentações desses painéis, o professor poderá selecioná-los para expô-los no mural interno ou externo, valorizando dessa forma o trabalho de toda a equipe.
Sugestões de leitura para o professor
· "Mitos Paralelos", de J. F. Bierlein, tradução de Pedro Ribeiro - uma introdução aos mitos no mundo moderno e as impressionantes semelhanças entre heróis e deuses de diferentes culturas. (Ediouro, 2004)
· "Mito e realidade", de Mircea Eliade (Perspectiva, 1972).
· "História e Mito", de Eudoro Souza (Ed. Universidade de Brasília, 1981).
segunda-feira, 28 de julho de 2008
História geral... Território, nação, Estado, Território em disputa
História geral
Nível fundamental
Território, nação, Estado
Introdução
As formações e transformações territoriais de diferentes países são, por vezes, temas complexos para os alunos do ensino fundamental. Seu tratamento é relevante para os alunos perceberem as relações entre o que se estuda nas disciplinas de geografia e história. Além disso, é fundamental reconhecerem que as alterações de fronteiras têm diferentes razões e que elas não aconteceram somente no passado. Ocorrem também na atualidade.
Para tratar da questão, é fundamental a turma conhecer os conceitos de Estado, nação e território e observar suas relações em diferentes sociedade e tempos históricos. Fazer esse trabalho conceitual de maneira lúdica, com o auxílio do grupo, garante maior envolvimento por parte dos alunos.
Objetivos
1. Identificar e diferenciar os conceitos de Estado, nação e território.
2. Relacionar os conceitos na análise de diferentes realidades históricas.
3. Análise de documentos: notícias e/ou reportagens.
Estratégias
1. Inicie a aula com o conceito "território" porque ele provavelmente será a considerado mais simples pelos alunos. Pergunte o que é um território, escreva na lousa as informações fornecidas por eles e as discuta, escolhendo as que devem ser mantidas e as que devem ser retiradas do registro.
2. Faça um desenho na lousa que represente um território (imaginário) e crie situações-problema para a definição/divisão desse território. Nelas, os agentes históricos devem ser os próprios alunos, divididos em grupos distintos, com opiniões, costumes, línguas diferentes. Leve os alunos à conclusão de que os territórios são criações históricas que refletem os interesses dos sujeitos históricos, daí sua reconstrução quando estes interesses se transformam.
3. Retome o exemplo construído e explique no que consiste uma nação, dê exemplos da realidade brasileira sobre a existência de várias nações em um mesmo território. As nações indígenas são exemplos simples e práticos, falar da formação do povo brasileiro com as diferentes nações africanas, indígenas e européias é também esclarecedor.
4. Por fim use o exemplo inicial para o entendimento do conceito de Estado. Peça para que cada grupo definido (no exemplo) diga qual a melhor maneira de organizar as relações entre governantes e governados, o que faria de um deles governante, etc. Assim vocês poderão problematizar a existência de diferentes organizações estatais.
Atividades
1. Pergunte aos alunos como é organizado o poder, a política no Brasil, ou seja, quem são os responsáveis pelo Estado.
2. Parta das informações dadas pela turma e explique a divisão dos poderes no Brasil. É importante que todos saibam quando surge a teoria dos três poderes e em que situação ela foi elaborada por Montesquieu, assim o estudo de outros momentos e realidades históricas justifica suas relações com suas vidas cotidianas.
3. Para finalizar, leve para turma uma reportagem ou notícia sobre diferentes conflitos por territórios desencadeados pela existência de diferentes nações e pela crença em distintas formas de organização do Estado. A declaração da independência de Kosovo pode ser tematizada ou ainda os conflitos no Quênia pela liderança governamental.
Sugestões
1) Leitura do texto Poderes do Estado, no site Educação, do UOL.
2) Converse com o professor de geografia e veja em que medida vocês podem atuar conjuntamente.
3) Caso tenha sido efetuada a leitura da obra literária "A Revolução dos Bichos", de George Orwell, é possível retomar algumas informações sobre o enredo e analisar com os alunos a construção da idéia de nação (os símbolos construídos), a legitimação do poder dos governantes, ou seja a organização estatal (discurso dos porcos legitimando suas posições e privilégios), etc.
Território em disputa: passado e presente
Introdução
Trazer à tona questões que dizem respeito ao Oriente Médio, sobretudo aos israelenses e palestinos, é promover a confrontação de diferentes pontos de vista e das justificativas apontadas pelos dois povos. Atualmente, as informações veiculadas nos noticiários, referentes à hostilidade na região, são notas curtas e breves. Por causa dessa rapidez, é comum tratarmos o assunto com certa superficialidade. Cabe ao historiador, juntamente com seus alunos, buscar respostas no passado para entender os conflitos do presente.
Objetivos
1) Incentivar a familiarização com fontes cartográficas, interpretando as informações, localizando e identificando as regiões de conflito e os territórios disputados;
2) Aprimorar a habilidade de interpretar gêneros textuais distintos;
3) Discutir o contexto da consolidação do Estado de Israel em território já ocupado pelos palestinos;
4) Desenvolver postura crítica e consciente com relação ao conflito árabe-israelense.
Ponto de partida
Ler os textos Israel: entender questão do Oriente Médio exige conhecer história dos judeus e Oriente Médio/Conflito árabe-israelense: a origem dos problemas entre os povos é milenar.
Estratégias
1) Solicite aos alunos que separem notícias recentes de jornais e revistas sobre a situação entre palestinos e israelenses. Peça a eles que colem cada uma das notícias em papel sulfite, separadamente, e extraiam informações do texto. Ensine-os a organizar um registro, destacando: nome do jornal ou da revista, data de publicação, período histórico abordado e assunto discutido.
Ao selecionar as notícias, solicite aos alunos que prestem atenção naquelas que contenham informações sobre as origens históricas do conflito. A notícia é um tipo de gênero textual que trabalha com questões do presente, muitas vezes sem estabelecer elos com o passado. É provável que os alunos não encontrem textos que tragam as duas noções de tempo histórico: presente e passado. Caso a pesquisa de algum aluno encontre notícias que contenham essas noções, peça que ele apresente para a sala de aula.
Uma das intenções desse exercício é fazer com que o aluno perceba que cada gênero textual tem suas marcas. As notícias de jornal, por exemplo, trabalham principalmente com a contemporaneidade dos fatos.
2) O passo seguinte é mostrar outro tipo de gênero textual para os alunos. Apresente os textos "Israel: entender questão do Oriente Médio exige conhecer história dos judeus" e "Oriente Médio/Conflito árabe-israelense: a origem dos problemas entre os povos é milenar". O professor deverá realizar a leitura destes textos em voz alta, esclarecendo as dúvidas que surgirem durante a leitura. É interessante, também, que o professor interrompa a leitura de vez em quando para fazer apontamentos mais específicos. Pode destacar, por exemplo, a questão da existência de duas religiões distintas - Judaísmo e Islamismo - e como elas são usadas para justificar ações políticas e militares.
3) O terceiro passo para o entendimento do assunto é trabalhar interdisciplinarmente com a Geografia. Lembre-os de que a luta entre israelenses e países membros da Liga Árabe começou após 1948, e mostre mapas antigos e novos da região dos conflitos; seu uso é imprescindível. Eles servirão para situar as regiões conflituosas, e também para mostrar que o traçado das fronteiras é passível de mudanças: pode variar de acordo com o processo de ocupação ou de organização em dado momento histórico.
É importante levar para a sala de aula mapas de diferentes épocas (quando houver possibilidade) que representem os lugares que estão sendo estudados. Assim, os alunos não dissociam tempo e espaço.
4) Percorridas as etapas anteriores, proponha que a classe seja divida em dois grupos, representando palestinos e israelenses. Cada grupo deverá expor, em voz alta, as razões pelas quais consideram que o território em disputa seja seu. A exposição deve abordar o contexto histórico que permeou o início dos conflitos, bem como apresentar soluções para um acordo de paz. Os alunos devem demonstrar que, sem uso da violência, é possível resolver essa problemática milenar.
Nível fundamental
Território, nação, Estado
Introdução
As formações e transformações territoriais de diferentes países são, por vezes, temas complexos para os alunos do ensino fundamental. Seu tratamento é relevante para os alunos perceberem as relações entre o que se estuda nas disciplinas de geografia e história. Além disso, é fundamental reconhecerem que as alterações de fronteiras têm diferentes razões e que elas não aconteceram somente no passado. Ocorrem também na atualidade.
Para tratar da questão, é fundamental a turma conhecer os conceitos de Estado, nação e território e observar suas relações em diferentes sociedade e tempos históricos. Fazer esse trabalho conceitual de maneira lúdica, com o auxílio do grupo, garante maior envolvimento por parte dos alunos.
Objetivos
1. Identificar e diferenciar os conceitos de Estado, nação e território.
2. Relacionar os conceitos na análise de diferentes realidades históricas.
3. Análise de documentos: notícias e/ou reportagens.
Estratégias
1. Inicie a aula com o conceito "território" porque ele provavelmente será a considerado mais simples pelos alunos. Pergunte o que é um território, escreva na lousa as informações fornecidas por eles e as discuta, escolhendo as que devem ser mantidas e as que devem ser retiradas do registro.
2. Faça um desenho na lousa que represente um território (imaginário) e crie situações-problema para a definição/divisão desse território. Nelas, os agentes históricos devem ser os próprios alunos, divididos em grupos distintos, com opiniões, costumes, línguas diferentes. Leve os alunos à conclusão de que os territórios são criações históricas que refletem os interesses dos sujeitos históricos, daí sua reconstrução quando estes interesses se transformam.
3. Retome o exemplo construído e explique no que consiste uma nação, dê exemplos da realidade brasileira sobre a existência de várias nações em um mesmo território. As nações indígenas são exemplos simples e práticos, falar da formação do povo brasileiro com as diferentes nações africanas, indígenas e européias é também esclarecedor.
4. Por fim use o exemplo inicial para o entendimento do conceito de Estado. Peça para que cada grupo definido (no exemplo) diga qual a melhor maneira de organizar as relações entre governantes e governados, o que faria de um deles governante, etc. Assim vocês poderão problematizar a existência de diferentes organizações estatais.
Atividades
1. Pergunte aos alunos como é organizado o poder, a política no Brasil, ou seja, quem são os responsáveis pelo Estado.
2. Parta das informações dadas pela turma e explique a divisão dos poderes no Brasil. É importante que todos saibam quando surge a teoria dos três poderes e em que situação ela foi elaborada por Montesquieu, assim o estudo de outros momentos e realidades históricas justifica suas relações com suas vidas cotidianas.
3. Para finalizar, leve para turma uma reportagem ou notícia sobre diferentes conflitos por territórios desencadeados pela existência de diferentes nações e pela crença em distintas formas de organização do Estado. A declaração da independência de Kosovo pode ser tematizada ou ainda os conflitos no Quênia pela liderança governamental.
Sugestões
1) Leitura do texto Poderes do Estado, no site Educação, do UOL.
2) Converse com o professor de geografia e veja em que medida vocês podem atuar conjuntamente.
3) Caso tenha sido efetuada a leitura da obra literária "A Revolução dos Bichos", de George Orwell, é possível retomar algumas informações sobre o enredo e analisar com os alunos a construção da idéia de nação (os símbolos construídos), a legitimação do poder dos governantes, ou seja a organização estatal (discurso dos porcos legitimando suas posições e privilégios), etc.
Território em disputa: passado e presente
Introdução
Trazer à tona questões que dizem respeito ao Oriente Médio, sobretudo aos israelenses e palestinos, é promover a confrontação de diferentes pontos de vista e das justificativas apontadas pelos dois povos. Atualmente, as informações veiculadas nos noticiários, referentes à hostilidade na região, são notas curtas e breves. Por causa dessa rapidez, é comum tratarmos o assunto com certa superficialidade. Cabe ao historiador, juntamente com seus alunos, buscar respostas no passado para entender os conflitos do presente.
Objetivos
1) Incentivar a familiarização com fontes cartográficas, interpretando as informações, localizando e identificando as regiões de conflito e os territórios disputados;
2) Aprimorar a habilidade de interpretar gêneros textuais distintos;
3) Discutir o contexto da consolidação do Estado de Israel em território já ocupado pelos palestinos;
4) Desenvolver postura crítica e consciente com relação ao conflito árabe-israelense.
Ponto de partida
Ler os textos Israel: entender questão do Oriente Médio exige conhecer história dos judeus e Oriente Médio/Conflito árabe-israelense: a origem dos problemas entre os povos é milenar.
Estratégias
1) Solicite aos alunos que separem notícias recentes de jornais e revistas sobre a situação entre palestinos e israelenses. Peça a eles que colem cada uma das notícias em papel sulfite, separadamente, e extraiam informações do texto. Ensine-os a organizar um registro, destacando: nome do jornal ou da revista, data de publicação, período histórico abordado e assunto discutido.
Ao selecionar as notícias, solicite aos alunos que prestem atenção naquelas que contenham informações sobre as origens históricas do conflito. A notícia é um tipo de gênero textual que trabalha com questões do presente, muitas vezes sem estabelecer elos com o passado. É provável que os alunos não encontrem textos que tragam as duas noções de tempo histórico: presente e passado. Caso a pesquisa de algum aluno encontre notícias que contenham essas noções, peça que ele apresente para a sala de aula.
Uma das intenções desse exercício é fazer com que o aluno perceba que cada gênero textual tem suas marcas. As notícias de jornal, por exemplo, trabalham principalmente com a contemporaneidade dos fatos.
2) O passo seguinte é mostrar outro tipo de gênero textual para os alunos. Apresente os textos "Israel: entender questão do Oriente Médio exige conhecer história dos judeus" e "Oriente Médio/Conflito árabe-israelense: a origem dos problemas entre os povos é milenar". O professor deverá realizar a leitura destes textos em voz alta, esclarecendo as dúvidas que surgirem durante a leitura. É interessante, também, que o professor interrompa a leitura de vez em quando para fazer apontamentos mais específicos. Pode destacar, por exemplo, a questão da existência de duas religiões distintas - Judaísmo e Islamismo - e como elas são usadas para justificar ações políticas e militares.
3) O terceiro passo para o entendimento do assunto é trabalhar interdisciplinarmente com a Geografia. Lembre-os de que a luta entre israelenses e países membros da Liga Árabe começou após 1948, e mostre mapas antigos e novos da região dos conflitos; seu uso é imprescindível. Eles servirão para situar as regiões conflituosas, e também para mostrar que o traçado das fronteiras é passível de mudanças: pode variar de acordo com o processo de ocupação ou de organização em dado momento histórico.
É importante levar para a sala de aula mapas de diferentes épocas (quando houver possibilidade) que representem os lugares que estão sendo estudados. Assim, os alunos não dissociam tempo e espaço.
4) Percorridas as etapas anteriores, proponha que a classe seja divida em dois grupos, representando palestinos e israelenses. Cada grupo deverá expor, em voz alta, as razões pelas quais consideram que o território em disputa seja seu. A exposição deve abordar o contexto histórico que permeou o início dos conflitos, bem como apresentar soluções para um acordo de paz. Os alunos devem demonstrar que, sem uso da violência, é possível resolver essa problemática milenar.
História geral... Tempo da terra, Criança pré-histórica
História geral
Objetivos
1) Diferenciar o tempo geológico do tempo histórico;
2) Conhecer e valorizar o trabalho minucioso e investigativo dos profissionais que dão suporte às pesquisas históricas, como paleontólogos, arqueólogos e geólogos;
3) Identificar a possibilidade de reconstituição de modos de vida em outros tempos históricos por meio do trabalho dos arqueólogos;
4) conhecer o conceito "Pré-história" e sua diferenciação de "História".
Justificativa
Como o objeto de estudo do historiador é o ser humano e a sua relação com o tempo e com o espaço, pode parecer um pouco esquisito abordar o tema sobre eras geológicas. Mas abordar este tema em sala de aula nada mais é que aguçar a curiosidade dos alunos com relação à formação do planeta Terra e o surgimento da espécie humana a qual pertencemos, no final do período Quaternário.Por outro lado, abordar este tema é valorizar o trabalho de profissionais que a maioria dos alunos desconhece.
Ponto de partida
Ler o texto Pré-história (1): Entenda o conceito e veja quadro das eras geológicas .
Estratégias
1) Para que os alunos entendam o tempo geológico é primordial que o professor diferencie-o do tempo chamado "histórico", pois este último está associado à história humana no planeta Terra.Para realizar esta diferenciação, leve à sala de aula, acondicionados em recipientes, os seguintes materiais: areia, água, terra etc. Leve também objetos da cultura material (se possível, não contemporâneo).
2) Com relação aos objetos da cultura material, o MAE-USP - Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, dispõe para os professores que lecionam tanto na rede pública ou privada de ensino, de um programa de treinamento para o uso e empréstimo de um kit contendo peças arqueológicas e etnológicas. Caso o professor não lecione na região metropolitana de São Paulo, verifique a possibilidade de empréstimo de materiais por meio de outros museus que tenham em seus acervos peças arqueológicas.
3) A partir da apresentação dos materiais (areia, água e terra), motivar os alunos sobre questões problematizadoras com relação ao tempo de sua formação e existência.
4) Já para os objetos da cultura material, motivá-los com questões problematizadoras relacionadas ao lugar de origem; a finalidade de sua confecção; matéria-prima utilizada etc. Particularmente, a visualização e manuseio dos objetos da cultura material são recursos que também auxiliam os alunos a compreender que é possível reconstituir o passado de sociedades que não deixaram a sua história registrada em documentos escritos.
5) Agora, o professor pode destacar a historicidade do conceito "Pré-história" por meio da leitura (em voz alta) do primeiro parágrafo do texto intitulado "Pré-história (1): entenda o conceito e veja o quadro das eras geológicas".
6) Dê continuidade à leitura de acordo com os demais subtextos. Com relação ao quadro das eras geológicas, disposto ao final do texto, seria importante que o professor informasse aos alunos que as eras geológicas se subdividem em escalas de tempo menores, os quais são chamados de períodos. Solicite aos alunos que pesquisem a quantidade de períodos existentes em cada uma das eras geológicas e montem uma Linha do tempo da Terra de maneira que esses períodos apareçam. Como para a maioria dos alunos as nomenclaturas de eras e períodos são desconhecidas, é interessante que o professor comente a origem dessas nomenclaturas e se possível, registre-as na lousa para que os alunos possam ter suas definições mais claras.
7) Para sintetizar o conteúdo e paralelamente sondar se todos os alunos apreenderam, elabore exercícios que abordem noções de permanências e mudanças com relação à passagem do tempo da Terra.
Sugestão de oficina pedagógica para o professor
"Treinamento para uso do kit de objetos arqueológicos e etnológicos", ministrado gratuitamente pelo MAE-USP com carga horária de 03 horas e meia.
Sugestão de leitura complementar para o aluno
A Terra. São Paulo: Ática, 1998, 6. ed. (Coleção Atlas Visuais)
Criança pré-histórica
Ponto de partida
Ler o texto Uma criança moderna, nascida há 160 mil anos.
Objetivos
1) Compreender que as teorias e hipóteses sobre a origem da humanidade são constantemente reformuladas com base em novos estudos e na descoberta de novos indícios de atividade humana no passado.
2) Constatar que a ciência tem seus limites, pois ela avança e recua em suas pesquisas, de acordo com as novas descobertas arqueológicas.
3) Perceber a importância de se identificarem os vestígios mais comuns estudados pelos pesquisadores: fósseis, objetos de uso cotidiano, etc.
Estratégias
1) Realizar a leitura do texto, seguindo a divisão dos subtítulos. O professor poderá escolher alguns alunos para realizar a leitura em voz alta, enquanto os demais acompanham em silêncio.
2) Se os alunos ainda não conhecem o tema, vale a pena levar para a sala de aula um mapa conceitual, com imagens, a fim de estabelecer comparações com o texto escrito.
3) É preciso também levar para a sala de aula o mapa-múndi, a fim de localizar as várias regiões mencionadas no texto. Assim, os alunos terão maior clareza sobre onde uma determinada espécie teria se originado. Vale a pena lembrá-los de que o conhecimento sobre a origem da humanidade se desenvolve a partir de hipóteses, as quais estão em constante processo de pesquisa, para confirmação ou refutação.
4) Seria interessante que cada aluno tivesse uma cópia do mapa-múndi, na qual ele pudesse localizar as regiões e sinalizá-las com lápis de cor. Peça para os alunos escreverem um título para o mapa e não se esquecerem de fazer a legenda.
5) Apresente uma Linha do Tempo da Pré-história e peça para os alunos destacarem, com lápis de cor, o período em que a criança de Jebel Irhoud viveu.
6) Peça para eles identificarem no texto as várias técnicas utilizadas pelos pesquisadores na datação do fóssil e na determinação da sua idade ao morrer.
7) Conclua o estudo perguntando qual o objetivo dessa pesquisa liderada pela cientista Tanya Smith e qual a importância desses estudos para nós.
Nível fundamental
Tempo da TerraObjetivos
1) Diferenciar o tempo geológico do tempo histórico;
2) Conhecer e valorizar o trabalho minucioso e investigativo dos profissionais que dão suporte às pesquisas históricas, como paleontólogos, arqueólogos e geólogos;
3) Identificar a possibilidade de reconstituição de modos de vida em outros tempos históricos por meio do trabalho dos arqueólogos;
4) conhecer o conceito "Pré-história" e sua diferenciação de "História".
Justificativa
Como o objeto de estudo do historiador é o ser humano e a sua relação com o tempo e com o espaço, pode parecer um pouco esquisito abordar o tema sobre eras geológicas. Mas abordar este tema em sala de aula nada mais é que aguçar a curiosidade dos alunos com relação à formação do planeta Terra e o surgimento da espécie humana a qual pertencemos, no final do período Quaternário.Por outro lado, abordar este tema é valorizar o trabalho de profissionais que a maioria dos alunos desconhece.
Ponto de partida
Ler o texto Pré-história (1): Entenda o conceito e veja quadro das eras geológicas .
Estratégias
1) Para que os alunos entendam o tempo geológico é primordial que o professor diferencie-o do tempo chamado "histórico", pois este último está associado à história humana no planeta Terra.Para realizar esta diferenciação, leve à sala de aula, acondicionados em recipientes, os seguintes materiais: areia, água, terra etc. Leve também objetos da cultura material (se possível, não contemporâneo).
2) Com relação aos objetos da cultura material, o MAE-USP - Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, dispõe para os professores que lecionam tanto na rede pública ou privada de ensino, de um programa de treinamento para o uso e empréstimo de um kit contendo peças arqueológicas e etnológicas. Caso o professor não lecione na região metropolitana de São Paulo, verifique a possibilidade de empréstimo de materiais por meio de outros museus que tenham em seus acervos peças arqueológicas.
3) A partir da apresentação dos materiais (areia, água e terra), motivar os alunos sobre questões problematizadoras com relação ao tempo de sua formação e existência.
4) Já para os objetos da cultura material, motivá-los com questões problematizadoras relacionadas ao lugar de origem; a finalidade de sua confecção; matéria-prima utilizada etc. Particularmente, a visualização e manuseio dos objetos da cultura material são recursos que também auxiliam os alunos a compreender que é possível reconstituir o passado de sociedades que não deixaram a sua história registrada em documentos escritos.
5) Agora, o professor pode destacar a historicidade do conceito "Pré-história" por meio da leitura (em voz alta) do primeiro parágrafo do texto intitulado "Pré-história (1): entenda o conceito e veja o quadro das eras geológicas".
6) Dê continuidade à leitura de acordo com os demais subtextos. Com relação ao quadro das eras geológicas, disposto ao final do texto, seria importante que o professor informasse aos alunos que as eras geológicas se subdividem em escalas de tempo menores, os quais são chamados de períodos. Solicite aos alunos que pesquisem a quantidade de períodos existentes em cada uma das eras geológicas e montem uma Linha do tempo da Terra de maneira que esses períodos apareçam. Como para a maioria dos alunos as nomenclaturas de eras e períodos são desconhecidas, é interessante que o professor comente a origem dessas nomenclaturas e se possível, registre-as na lousa para que os alunos possam ter suas definições mais claras.
7) Para sintetizar o conteúdo e paralelamente sondar se todos os alunos apreenderam, elabore exercícios que abordem noções de permanências e mudanças com relação à passagem do tempo da Terra.
Sugestão de oficina pedagógica para o professor
"Treinamento para uso do kit de objetos arqueológicos e etnológicos", ministrado gratuitamente pelo MAE-USP com carga horária de 03 horas e meia.
Sugestão de leitura complementar para o aluno
A Terra. São Paulo: Ática, 1998, 6. ed. (Coleção Atlas Visuais)
Criança pré-histórica
Ponto de partida
Ler o texto Uma criança moderna, nascida há 160 mil anos.
Objetivos
1) Compreender que as teorias e hipóteses sobre a origem da humanidade são constantemente reformuladas com base em novos estudos e na descoberta de novos indícios de atividade humana no passado.
2) Constatar que a ciência tem seus limites, pois ela avança e recua em suas pesquisas, de acordo com as novas descobertas arqueológicas.
3) Perceber a importância de se identificarem os vestígios mais comuns estudados pelos pesquisadores: fósseis, objetos de uso cotidiano, etc.
Estratégias
1) Realizar a leitura do texto, seguindo a divisão dos subtítulos. O professor poderá escolher alguns alunos para realizar a leitura em voz alta, enquanto os demais acompanham em silêncio.
2) Se os alunos ainda não conhecem o tema, vale a pena levar para a sala de aula um mapa conceitual, com imagens, a fim de estabelecer comparações com o texto escrito.
3) É preciso também levar para a sala de aula o mapa-múndi, a fim de localizar as várias regiões mencionadas no texto. Assim, os alunos terão maior clareza sobre onde uma determinada espécie teria se originado. Vale a pena lembrá-los de que o conhecimento sobre a origem da humanidade se desenvolve a partir de hipóteses, as quais estão em constante processo de pesquisa, para confirmação ou refutação.
4) Seria interessante que cada aluno tivesse uma cópia do mapa-múndi, na qual ele pudesse localizar as regiões e sinalizá-las com lápis de cor. Peça para os alunos escreverem um título para o mapa e não se esquecerem de fazer a legenda.
5) Apresente uma Linha do Tempo da Pré-história e peça para os alunos destacarem, com lápis de cor, o período em que a criança de Jebel Irhoud viveu.
6) Peça para eles identificarem no texto as várias técnicas utilizadas pelos pesquisadores na datação do fóssil e na determinação da sua idade ao morrer.
7) Conclua o estudo perguntando qual o objetivo dessa pesquisa liderada pela cientista Tanya Smith e qual a importância desses estudos para nós.
História geral... Descobrimentos e especiarias, Estudando as relações familiares
História geral
Nível fundamental
Descobrimentos e especiarias
Ponto de partida
Ler a entrevista As viagens de Cristóvão Colombo.
Objetivos
1) Conhecer o contexto histórico da formação dos Estados Nacionais da Península Ibérica e o processo de fortalecimento dessas monarquias.
2) Perceber a importância da cartografia como aliada das monarquias portuguesa e espanhola no contexto das expansões marítimas.
3) Estabelecer relações de temporalidade entre passado e presente por meio do uso das especiarias.
Estratégias
1) Destacar para os alunos que o texto que será lido é uma entrevista com um historiador contemporâneo.
2) A leitura da entrevista deverá ser realizada em voz alta. O professor poderá escolher um aluno para fazer o papel de entrevistador, enquanto que o próprio professor pode representar o historiador que concede a entrevista.
3) Com antecedência, o professor poderá preparar transparências de mapas que representem o mundo como ele era conhecido no período das descobertas. É interessante destacar nesses mapas a representação do continente europeu, pois, a partir das grandes navegações do final do século 15 e início do século 16, a Europa passa a ser representada numa posição de destaque em relação ao restante dos continentes. Comparar esses mapas com os atuais, mostrando para os alunos o quanto a cartografia também é uma representação cultural.
4) Também vale a pena localizar no mapa-múndi atual a rota de navegação utilizada pela tripulação comandada por Cristóvão Colombo e os locais no Novo Mundo conquistados em nome da coroa espanhola.
5) Relacionar o nome do cartógrafo Américo Vespúcio com o nome dado ao Novo Mundo, justificando, dessa forma, o fato de Colombo não ter sido homenageado com o nome das novas terras descobertas.
6) Apresentar aos alunos o contexto histórico que antecede o período das grandes navegações e os fatos que motivaram o fortalecimento das monarquias ibéricas, sobretudo a portuguesa, permitindo que se tornassem pioneiras na expansão ultramarina.
7) A partir do uso das especiarias, o professor poderá estabelecer, juntamente com os alunos, relações entre temporalidades históricas distintas. Pergunte aos alunos se eles saberiam responder a origem de várias especiarias consumidas quase diariamente em nossas casas. Se eles não souberem, escreva na lousa a definição da palavra. Segundo os dicionários, especiaria é "qualquer produto de origem vegetal, aromático usado para condimentar iguarias". Mas as especiarias, para os europeus, significavam muito mais que isso, pois numa época em que não existia geladeira, elas eram usadas para conservar por mais tempo determinados alimentos e, muitas vezes, utilizadas até mesmo para disfarçar o mau cheiro. O seu consumo também representava status, uma vez que elas eram caras e raras, de acesso restrito a uma pequena parcela da sociedade. Hoje, as especiarias estão presentes praticamente em todas as cozinhas do mundo.
8) Solicite aos alunos que façam uma pesquisa sobre a origem e a finalidade de algumas especiarias, consideradas as mais valiosas e mais procuradas na Europa da época das grandes navegações: cravo-da-índia, gengibre, açafrão-da-terra, noz-moscada, canela, cássia, pimenta-do-reino e açafrão.
9) Como as especiarias eram comercializadas nas feiras européias, peça para os alunos se imaginarem nesses lugares, tentando comercializar esses produtos. Peça que se organizem em grupos de três e elaborem um jingle com o objetivo de atingir seu público-alvo. É interessante que o professor disponibilize alguns minutos para os grupos se apresentarem. A atividade pode soar como anacrônica, mas é um recurso para sintetizar o conteúdo proposto.
Estudando as relações familiares
Introdução
Devido às transformações que as estruturas familiares têm sofrido na época contemporânea, cabe à escola discutir, sem preconceitos, sobre essa diversidade. Assim, o estudo comparativo das relações familiares em diferentes sociedades e épocas levará os alunos à compreensão crítica das características de suas próprias famílias.
Objetivos
1. Conhecer os padrões familiares de diferentes sociedades em um mesmo período histórico.
2. Identificar como, por exemplo, fatores culturais e econômicos influenciam as relações familiares e a organização da estrutura familiar.
3. Valorização da diversidade.
4. Conhecer os conceitos de permanência e ruptura.
Estratégias
1. Peça aos alunos que desenhem os membros de suas famílias. A seguir, de maneira informal, dialogando com a turma, faça o diagnóstico dos diferentes tipos de famílias com os quais os alunos convivem. Na seqüência, pergunte o que eles acham: as famílias se organizam da mesma maneira em diferentes épocas e culturas?
2. Escolha alguns exemplos de estruturas familiares presentes nos segmentos sociais brasileiros. Seria interessante que fossem exemplos bem diferentes, que contemplassem as culturas indígena, asiática, africana, européia, etc. A partir desses exemplos, a turma poderá reconhecer diferenças e semelhanças em um mesmo período histórico.
3. A seguir, analise um tipo de organização familiar do passado; por exemplo, da Europa no século 18, explicando quais eram os papéis atribuídos a homens, mulheres e crianças.
4. Para finalizar, discuta com os alunos sobre como as relações familiares se transformam no tempo e no espaço, salientando que essas transformações ocorrem motivadas por fatores econômicos, culturais e, até mesmo, políticos. Cite, por exemplo, o caso da China, cujo governo determina o número de filhos que cada casal pode ter.
Atividade
Peça que os alunos tragam, na próxima aula, documentos que revelem parte da história de suas famílias, como fotografias, cartas, objetos, etc. Em duplas, eles devem trocar informações sobre suas famílias, escolhendo uma ordem determinada para usar o material que trouxeram. Isso mostrará aos alunos como se efetiva a construção da história, ou seja, que contar a história pressupõe fazer escolhas. Essa atividade também permitirá a troca de experiências e a valorização do outro no ambiente escolar.
Nível fundamental
Descobrimentos e especiarias
Ponto de partida
Ler a entrevista As viagens de Cristóvão Colombo.
Objetivos
1) Conhecer o contexto histórico da formação dos Estados Nacionais da Península Ibérica e o processo de fortalecimento dessas monarquias.
2) Perceber a importância da cartografia como aliada das monarquias portuguesa e espanhola no contexto das expansões marítimas.
3) Estabelecer relações de temporalidade entre passado e presente por meio do uso das especiarias.
Estratégias
1) Destacar para os alunos que o texto que será lido é uma entrevista com um historiador contemporâneo.
2) A leitura da entrevista deverá ser realizada em voz alta. O professor poderá escolher um aluno para fazer o papel de entrevistador, enquanto que o próprio professor pode representar o historiador que concede a entrevista.
3) Com antecedência, o professor poderá preparar transparências de mapas que representem o mundo como ele era conhecido no período das descobertas. É interessante destacar nesses mapas a representação do continente europeu, pois, a partir das grandes navegações do final do século 15 e início do século 16, a Europa passa a ser representada numa posição de destaque em relação ao restante dos continentes. Comparar esses mapas com os atuais, mostrando para os alunos o quanto a cartografia também é uma representação cultural.
4) Também vale a pena localizar no mapa-múndi atual a rota de navegação utilizada pela tripulação comandada por Cristóvão Colombo e os locais no Novo Mundo conquistados em nome da coroa espanhola.
5) Relacionar o nome do cartógrafo Américo Vespúcio com o nome dado ao Novo Mundo, justificando, dessa forma, o fato de Colombo não ter sido homenageado com o nome das novas terras descobertas.
6) Apresentar aos alunos o contexto histórico que antecede o período das grandes navegações e os fatos que motivaram o fortalecimento das monarquias ibéricas, sobretudo a portuguesa, permitindo que se tornassem pioneiras na expansão ultramarina.
7) A partir do uso das especiarias, o professor poderá estabelecer, juntamente com os alunos, relações entre temporalidades históricas distintas. Pergunte aos alunos se eles saberiam responder a origem de várias especiarias consumidas quase diariamente em nossas casas. Se eles não souberem, escreva na lousa a definição da palavra. Segundo os dicionários, especiaria é "qualquer produto de origem vegetal, aromático usado para condimentar iguarias". Mas as especiarias, para os europeus, significavam muito mais que isso, pois numa época em que não existia geladeira, elas eram usadas para conservar por mais tempo determinados alimentos e, muitas vezes, utilizadas até mesmo para disfarçar o mau cheiro. O seu consumo também representava status, uma vez que elas eram caras e raras, de acesso restrito a uma pequena parcela da sociedade. Hoje, as especiarias estão presentes praticamente em todas as cozinhas do mundo.
8) Solicite aos alunos que façam uma pesquisa sobre a origem e a finalidade de algumas especiarias, consideradas as mais valiosas e mais procuradas na Europa da época das grandes navegações: cravo-da-índia, gengibre, açafrão-da-terra, noz-moscada, canela, cássia, pimenta-do-reino e açafrão.
9) Como as especiarias eram comercializadas nas feiras européias, peça para os alunos se imaginarem nesses lugares, tentando comercializar esses produtos. Peça que se organizem em grupos de três e elaborem um jingle com o objetivo de atingir seu público-alvo. É interessante que o professor disponibilize alguns minutos para os grupos se apresentarem. A atividade pode soar como anacrônica, mas é um recurso para sintetizar o conteúdo proposto.
Estudando as relações familiares
Introdução
Devido às transformações que as estruturas familiares têm sofrido na época contemporânea, cabe à escola discutir, sem preconceitos, sobre essa diversidade. Assim, o estudo comparativo das relações familiares em diferentes sociedades e épocas levará os alunos à compreensão crítica das características de suas próprias famílias.
Objetivos
1. Conhecer os padrões familiares de diferentes sociedades em um mesmo período histórico.
2. Identificar como, por exemplo, fatores culturais e econômicos influenciam as relações familiares e a organização da estrutura familiar.
3. Valorização da diversidade.
4. Conhecer os conceitos de permanência e ruptura.
Estratégias
1. Peça aos alunos que desenhem os membros de suas famílias. A seguir, de maneira informal, dialogando com a turma, faça o diagnóstico dos diferentes tipos de famílias com os quais os alunos convivem. Na seqüência, pergunte o que eles acham: as famílias se organizam da mesma maneira em diferentes épocas e culturas?
2. Escolha alguns exemplos de estruturas familiares presentes nos segmentos sociais brasileiros. Seria interessante que fossem exemplos bem diferentes, que contemplassem as culturas indígena, asiática, africana, européia, etc. A partir desses exemplos, a turma poderá reconhecer diferenças e semelhanças em um mesmo período histórico.
3. A seguir, analise um tipo de organização familiar do passado; por exemplo, da Europa no século 18, explicando quais eram os papéis atribuídos a homens, mulheres e crianças.
4. Para finalizar, discuta com os alunos sobre como as relações familiares se transformam no tempo e no espaço, salientando que essas transformações ocorrem motivadas por fatores econômicos, culturais e, até mesmo, políticos. Cite, por exemplo, o caso da China, cujo governo determina o número de filhos que cada casal pode ter.
Atividade
Peça que os alunos tragam, na próxima aula, documentos que revelem parte da história de suas famílias, como fotografias, cartas, objetos, etc. Em duplas, eles devem trocar informações sobre suas famílias, escolhendo uma ordem determinada para usar o material que trouxeram. Isso mostrará aos alunos como se efetiva a construção da história, ou seja, que contar a história pressupõe fazer escolhas. Essa atividade também permitirá a troca de experiências e a valorização do outro no ambiente escolar.
terça-feira, 8 de julho de 2008
História geral...Antigo egito, descobrimento da América
História geral
Ponto de Partida
1) Ler o texto Egito Antigo: planície fértil do rio Nilo favoreceu civilização egípcia
2) Ler o poema "Oração ao Nilo" sobre a prosperidade do Egito na Antigüidade:
Oração ao Nilo
(...)Salve, tu, Nilo!Que te manifestas nesta terraE vens dar vida ao Egito!Misteriosa é a tua saída das trevasNeste dia em que é celebrada!Ao irrigar os prados criados por Rá,Tu fazes viver todo o gado,Tu - inesgotável - que dás de beber à Terra!Senhor dos peixes, durante a inundação,Nenhum pássaro pousa nas colheitas.Tu crias o trigo, fazes nascer o grão,Garantindo a prosperidade aos templos.Se paras a tua tarefa e o teu trabalho,Tudo o que existe cai em inquietação.
(Extraído de: Livros sagrados e literatura primitiva oriental, Tomo II. In: Coletânea de Documentos Históricos para o 1º grau. São Paulo, CENP/Sec. de Est. da Educação, 1978, p. 55.)
Justificativa
A civilização egípcia não teria alcançado seu esplendor se não fosse um elemento natural, responsável pelo desenvolvimento não só agrícola, mas também social, cultural, político e religioso. Esse elemento natural nada mais é que o próprio rio Nilo, considerado a própria divindade para os antigos egípcios. Portanto, é impossível estudar o Egito Antigo sem mencionar a importância do rio Nilo tanto no passado quanto no presente.
Objetivos
1) Resgatar a historicidade da cidade onde os alunos vivem e os aspectos geográficos que favoreceram o crescimento da cidade;
2) Localizar no mapa hidrográfico os cursos d'água que cortam a cidade onde os alunos vivem;
3) Apresentar a Linha do Tempo da História e a Linha do Tempo da história do Egito Antigo com o intuito de facilitar a compreensão da duração temporal da sociedade a qual será estudada;
4) Identificar no mapa-múndi o continente onde se localiza o Egito e o curso do rio Nilo pelo interior desse continente;
5) Interpretar gênero literário como fonte para a construção do conhecimento histórico.
Estratégias
1) Antes de iniciar o conteúdo, peça aos alunos que pesquisem a história da cidade onde eles vivem. Questões que abordem aspectos históricos e principalmente geográficos (proximidade com um rio importante que corta a cidade) são dados importantíssimos para o professor desenvolver nos alunos noções de comparação como semelhanças e diferenças entre temporalidades e lugares distintos.
2) Pergunte aos alunos se a cidade onde eles vivem é cortada por algum rio e qual o nome desse rio. Aproveite a ocasião e leve para a sala de aula um mapa da cidade que apresente os recursos hídricos. Como a maioria das cidades brasileiras surgiu nas proximidades de cursos d'água, essa característica é importante para destacar paralelamente a importância da água do rio Nilo para a população egípcia tanto na Antigüidade quanto na atualidade.
3) Leve para a sala de aula uma transparência (que possa ser visualizada por meio do uso do retroprojetor) contendo a Linha do Tempo da História (tradicional) e pergunte aos alunos qual dos períodos a história do Egito Antigo se encaixaria. Isso é um exercício que visa desenvolver nos alunos a assimilação da duração temporal (a extensão do tempo) de um período ou um acontecimento numa Linha do Tempo, aprendendo dessa forma a consolidar e a lidar com noções temporais e históricas.
4) Depois do exercício acima, mostre também em transparência a Linha do Tempo da história do Egito Antigo. Lembre-se de comentar com os alunos que a divisão da história do Egito Antigo apresenta divergências em vários livros didáticos, paradidáticos, enciclopédias, pois as datas são aproximadas e isso não quer dizer que elas estão incorretas.
5) Mostre aos alunos a localização espacial também da sociedade que está sendo objeto de estudo. Apresente o mapa-múndi e pergunte aos alunos a qual continente o Egito pertence. Esta pergunta pode parecer óbvia, pois irão responder que pertence ao continente africano, mas infelizmente, até bem pouco tempo atrás, algumas coleções didáticas ainda se referiam ao Egito como uma das civilizações do Oriente Médio, ou seja, pertencente ao continente asiático. Após a Lei 10.639/2003 que obriga o ensino da história da África no Brasil, a localização espacial do Egito Antigo passou a ser destacada como pertencendo ao norte do continente africano e não como sendo uma das civilizações do Oriente Médio.
6) Se possível, imprimir cópias do texto Egito Antigo: planície fértil do rio Nilo favoreceu civilização egípcia, disponível no site Educação do UOL, e entregá-las para cada dupla de alunos da classe. O texto deverá ser lido de forma que o professor possa interrompê-lo à medida que perceba que determinados itens possam ser mais bem explicados para a compreensão total dos seus alunos.
7) Com relação ao poema "Oração ao Nilo" elabore uma atividade em que possa ser avaliado o conteúdo já estudado até então. Ao apresentarmos outro gênero textual para os alunos, é necessário destacarmos a importância de o historiador trabalhar com diversas fontes, inclusive a literária, para a produção do conhecimento histórico. Questões que abordem a importância do rio Nilo para o desenvolvimento das atividades humanas; a natureza como religiosidade; as relações de poder entre os espaços que podem ser caracterizados como rurais e urbanos (prados x templos), os tipos de alimentos consumidos etc.
Descobrimento da América
Objetivos
1) Conhecer a viagem realizada por Cristóvão Colombo e o contexto político, econômico e cultural em que ela foi empreendida;
2) Entender o significado do fato em sua época e para as épocas posteriores;
3) Desenvolver um posicionamento crítico acerca da idéia de descobrimento.
Ponto de partida
Leitura o texto Descoberta da América: Carlos Guilherme Mota fala sobre as viagens de Colombo, que é uma entrevista dada pelo historiador ao site Educação.
Estratégias
1) Para começar, de maneira descontraída, a entrevista poderia ser lida em sala de aula, por uma ou mais duplas de alunos, que estariam simulando a posição de entrevistador e entrevistado;
2) Depois da leitura, cada aluno deve levantar os aspectos que lhe pareceram mais importantes no texto;
3) Com a classe reunida em círculo, cada aluno expõe os aspectos que levantou. Nesse momento, o professor deve intervir, ressaltando os aspectos que são verdadeiramente essenciais.
Atividades
1) A viagem de Colombo pode ser um ponto de partida para os alunos empreenderem uma viagem maior na época em que ela se realiza, pesquisando outros temas correlatos como o Mercantilismo, o Renascimento, o descobrimento do Brasil, etc.;
2) Individualmente, os alunos podem também reescrever o texto da entrevista, não sob a forma de perguntas e respostas, mas de uma dissertação que, resumidamente, dê conta dos principais aspectos do assunto;
3) Na resposta à última questão da entrevista, o autor apresenta o significado que ele atribui ao acontecimento. Seu posicionamento está longe de ser ponto pacífico. Ao contrário, é polêmico e pode motivar um debate sobre o tema. O que seus alunos acham do que afirmou Carlos Guilherme Mota? Estão de acordo com ele ou não? Por quê?
Sugestão
Alimente a imaginação de seus alunos e aproxime-os da época que está sendo focalizada. A viagem de Colombo é o tema de "1492 - A Conquista do Paraíso", filme de Ridley Scott, com Gérard Depardieu e Sigourney Weaver, que pode ser encontrado em vídeo ou DVD.
Nível fundamental
Antigo Egito: dádiva do NiloPonto de Partida
1) Ler o texto Egito Antigo: planície fértil do rio Nilo favoreceu civilização egípcia
2) Ler o poema "Oração ao Nilo" sobre a prosperidade do Egito na Antigüidade:
Oração ao Nilo
(...)Salve, tu, Nilo!Que te manifestas nesta terraE vens dar vida ao Egito!Misteriosa é a tua saída das trevasNeste dia em que é celebrada!Ao irrigar os prados criados por Rá,Tu fazes viver todo o gado,Tu - inesgotável - que dás de beber à Terra!Senhor dos peixes, durante a inundação,Nenhum pássaro pousa nas colheitas.Tu crias o trigo, fazes nascer o grão,Garantindo a prosperidade aos templos.Se paras a tua tarefa e o teu trabalho,Tudo o que existe cai em inquietação.
(Extraído de: Livros sagrados e literatura primitiva oriental, Tomo II. In: Coletânea de Documentos Históricos para o 1º grau. São Paulo, CENP/Sec. de Est. da Educação, 1978, p. 55.)
Justificativa
A civilização egípcia não teria alcançado seu esplendor se não fosse um elemento natural, responsável pelo desenvolvimento não só agrícola, mas também social, cultural, político e religioso. Esse elemento natural nada mais é que o próprio rio Nilo, considerado a própria divindade para os antigos egípcios. Portanto, é impossível estudar o Egito Antigo sem mencionar a importância do rio Nilo tanto no passado quanto no presente.
Objetivos
1) Resgatar a historicidade da cidade onde os alunos vivem e os aspectos geográficos que favoreceram o crescimento da cidade;
2) Localizar no mapa hidrográfico os cursos d'água que cortam a cidade onde os alunos vivem;
3) Apresentar a Linha do Tempo da História e a Linha do Tempo da história do Egito Antigo com o intuito de facilitar a compreensão da duração temporal da sociedade a qual será estudada;
4) Identificar no mapa-múndi o continente onde se localiza o Egito e o curso do rio Nilo pelo interior desse continente;
5) Interpretar gênero literário como fonte para a construção do conhecimento histórico.
Estratégias
1) Antes de iniciar o conteúdo, peça aos alunos que pesquisem a história da cidade onde eles vivem. Questões que abordem aspectos históricos e principalmente geográficos (proximidade com um rio importante que corta a cidade) são dados importantíssimos para o professor desenvolver nos alunos noções de comparação como semelhanças e diferenças entre temporalidades e lugares distintos.
2) Pergunte aos alunos se a cidade onde eles vivem é cortada por algum rio e qual o nome desse rio. Aproveite a ocasião e leve para a sala de aula um mapa da cidade que apresente os recursos hídricos. Como a maioria das cidades brasileiras surgiu nas proximidades de cursos d'água, essa característica é importante para destacar paralelamente a importância da água do rio Nilo para a população egípcia tanto na Antigüidade quanto na atualidade.
3) Leve para a sala de aula uma transparência (que possa ser visualizada por meio do uso do retroprojetor) contendo a Linha do Tempo da História (tradicional) e pergunte aos alunos qual dos períodos a história do Egito Antigo se encaixaria. Isso é um exercício que visa desenvolver nos alunos a assimilação da duração temporal (a extensão do tempo) de um período ou um acontecimento numa Linha do Tempo, aprendendo dessa forma a consolidar e a lidar com noções temporais e históricas.
4) Depois do exercício acima, mostre também em transparência a Linha do Tempo da história do Egito Antigo. Lembre-se de comentar com os alunos que a divisão da história do Egito Antigo apresenta divergências em vários livros didáticos, paradidáticos, enciclopédias, pois as datas são aproximadas e isso não quer dizer que elas estão incorretas.
5) Mostre aos alunos a localização espacial também da sociedade que está sendo objeto de estudo. Apresente o mapa-múndi e pergunte aos alunos a qual continente o Egito pertence. Esta pergunta pode parecer óbvia, pois irão responder que pertence ao continente africano, mas infelizmente, até bem pouco tempo atrás, algumas coleções didáticas ainda se referiam ao Egito como uma das civilizações do Oriente Médio, ou seja, pertencente ao continente asiático. Após a Lei 10.639/2003 que obriga o ensino da história da África no Brasil, a localização espacial do Egito Antigo passou a ser destacada como pertencendo ao norte do continente africano e não como sendo uma das civilizações do Oriente Médio.
6) Se possível, imprimir cópias do texto Egito Antigo: planície fértil do rio Nilo favoreceu civilização egípcia, disponível no site Educação do UOL, e entregá-las para cada dupla de alunos da classe. O texto deverá ser lido de forma que o professor possa interrompê-lo à medida que perceba que determinados itens possam ser mais bem explicados para a compreensão total dos seus alunos.
7) Com relação ao poema "Oração ao Nilo" elabore uma atividade em que possa ser avaliado o conteúdo já estudado até então. Ao apresentarmos outro gênero textual para os alunos, é necessário destacarmos a importância de o historiador trabalhar com diversas fontes, inclusive a literária, para a produção do conhecimento histórico. Questões que abordem a importância do rio Nilo para o desenvolvimento das atividades humanas; a natureza como religiosidade; as relações de poder entre os espaços que podem ser caracterizados como rurais e urbanos (prados x templos), os tipos de alimentos consumidos etc.
Descobrimento da América
Objetivos
1) Conhecer a viagem realizada por Cristóvão Colombo e o contexto político, econômico e cultural em que ela foi empreendida;
2) Entender o significado do fato em sua época e para as épocas posteriores;
3) Desenvolver um posicionamento crítico acerca da idéia de descobrimento.
Ponto de partida
Leitura o texto Descoberta da América: Carlos Guilherme Mota fala sobre as viagens de Colombo, que é uma entrevista dada pelo historiador ao site Educação.
Estratégias
1) Para começar, de maneira descontraída, a entrevista poderia ser lida em sala de aula, por uma ou mais duplas de alunos, que estariam simulando a posição de entrevistador e entrevistado;
2) Depois da leitura, cada aluno deve levantar os aspectos que lhe pareceram mais importantes no texto;
3) Com a classe reunida em círculo, cada aluno expõe os aspectos que levantou. Nesse momento, o professor deve intervir, ressaltando os aspectos que são verdadeiramente essenciais.
Atividades
1) A viagem de Colombo pode ser um ponto de partida para os alunos empreenderem uma viagem maior na época em que ela se realiza, pesquisando outros temas correlatos como o Mercantilismo, o Renascimento, o descobrimento do Brasil, etc.;
2) Individualmente, os alunos podem também reescrever o texto da entrevista, não sob a forma de perguntas e respostas, mas de uma dissertação que, resumidamente, dê conta dos principais aspectos do assunto;
3) Na resposta à última questão da entrevista, o autor apresenta o significado que ele atribui ao acontecimento. Seu posicionamento está longe de ser ponto pacífico. Ao contrário, é polêmico e pode motivar um debate sobre o tema. O que seus alunos acham do que afirmou Carlos Guilherme Mota? Estão de acordo com ele ou não? Por quê?
Sugestão
Alimente a imaginação de seus alunos e aproxime-os da época que está sendo focalizada. A viagem de Colombo é o tema de "1492 - A Conquista do Paraíso", filme de Ridley Scott, com Gérard Depardieu e Sigourney Weaver, que pode ser encontrado em vídeo ou DVD.
domingo, 6 de julho de 2008
História geral...Herança romana, Grécia antiga
História geral
Nível fundamental
Herança romana
Objetivos
Mostrar como muitas de nossas instituições políticas, jurídicas e culturais originam-se na Antigüidade latina.
Comentário
Para o aluno contemporâneo, o estudo de história antiga parece completamente desligado da realidade dos dias de hoje. O estudo da civilização romana antiga é perfeito para mostrar que essa é uma falsa visão da história, baseada em preconceito e desconhecimento.
Ponto de partida
Pode-se começar de modo lúdico e descontraído, mostrando como o mundo romano ainda está presente no imaginário atual, seja em filmes ou histórias em quadrinhos. Proponha a seus alunos que pesquisem o assunto e procurem obras nesse sentido, como os quadrinhos de Asterix, o Gaulês, filmes como "O Gladiador" (direção de Ridley Scott) ou "Espártaco" (direção de Stanley Kubrick), ou ainda as versões cinematográficas das aventuras de Asterix. Procure criar um clima, envolver seus alunos com o objeto de estudo, sem que, no primeiro momento, isso reverta numa atividade prática.
Atividades
1) Depois de se assistirem os filmes ou lerem os quadrinhos, procurar discuti-los, a partir da leitura dos textos Roma Antiga: das origens lendárias ao Império ou Antigüidade clássica: o mundo antigo nos quadrinhos de Asterix: o que se pode encontrar nos filmes e nos quadrinhos daquilo que se afirma nos textos?;
2) Peça a seus alunos que pesquisem a origem das palavras (e dos conceitos) de "direito", "lei", "lar", "município", "república", "salário", "senado". Além do caráter lingüístico, de sua proveniência latina, o que elas têm que ver com a Roma antiga?
3) Considerando o que foi discutido nos itens anteriores, proponha que os alunos escrevam uma redação dizendo se se consideram ou não herdeiros da civilização romana. Por quê?
Grécia Antiga
Objetivos
1) Conhecer as características da civilização grega;
2) Situar historicamente os principais períodos da história da Grécia;
3) Discutir o conceito de democracia;
4) Associar elementos da civilização grega com instituições e conceitos de nossa sociedade.
Comentário
Embora o tema Grécia Antiga tenha um caráter introdutório no ensino fundamental, seu estudo deve abranger os diferentes aspectos políticos, sociais, culturais e artísticos que fazem da Grécia o berço da civilização ocidental.
A utilização de um mapa do império helênico torna mais fácil uma visão de conjunto e a percepção da relevância que a civilização grega tinha na época.
Material
O texto Grécia - Antigos gregos deram origem à democracia e à civilização ocidental pode servir como ponto de partida para a aula.
Estratégias
1) Inicialmente, proponha a seus alunos a leitura do texto indicado no item anterior;
2) Depois da leitura, os alunos devem se organizar em duplas para trabalhar as informações do texto;
3) Cada dupla deve formular uma pergunta sobre o tema, discutindo com o professor sua relevância e propriedade;
4) As perguntas devem ser entregues ao professor e colocada numa urna.
Atividades
1) Uma gincana é realizada na classe, com o sorteio de perguntas;
2) A cada pergunta sorteada, a dupla que souber a resposta levanta a mão. Se a resposta for correta, a dupla ganha um ponto. Se a resposta estiver errada, a dupla perde dois pontos. Se a resposta estiver apenas parcialmente certa ou incompleta, a dupla não ganha nem perde pontos;
3) Ao fim de cada pergunta, o professor revê a matéria e esclarece as razões do acerto ou do erro, fornecendo a resposta correta;
4) Faz-se a contagem de pontos, declarando vencedora a dupla com maior número de acertos.
Sugestões
Vários recursos podem ser utilizados como ferramentas de trabalho para essa unidade. Mapas do império helênico, imagens da arquitetura, dos monumentos e da arte na Grécia, museus e instituições culturais fornecem um material rico e variado sobre o tema.
Nível fundamental
Herança romana
Objetivos
Mostrar como muitas de nossas instituições políticas, jurídicas e culturais originam-se na Antigüidade latina.
Comentário
Para o aluno contemporâneo, o estudo de história antiga parece completamente desligado da realidade dos dias de hoje. O estudo da civilização romana antiga é perfeito para mostrar que essa é uma falsa visão da história, baseada em preconceito e desconhecimento.
Ponto de partida
Pode-se começar de modo lúdico e descontraído, mostrando como o mundo romano ainda está presente no imaginário atual, seja em filmes ou histórias em quadrinhos. Proponha a seus alunos que pesquisem o assunto e procurem obras nesse sentido, como os quadrinhos de Asterix, o Gaulês, filmes como "O Gladiador" (direção de Ridley Scott) ou "Espártaco" (direção de Stanley Kubrick), ou ainda as versões cinematográficas das aventuras de Asterix. Procure criar um clima, envolver seus alunos com o objeto de estudo, sem que, no primeiro momento, isso reverta numa atividade prática.
Atividades
1) Depois de se assistirem os filmes ou lerem os quadrinhos, procurar discuti-los, a partir da leitura dos textos Roma Antiga: das origens lendárias ao Império ou Antigüidade clássica: o mundo antigo nos quadrinhos de Asterix: o que se pode encontrar nos filmes e nos quadrinhos daquilo que se afirma nos textos?;
2) Peça a seus alunos que pesquisem a origem das palavras (e dos conceitos) de "direito", "lei", "lar", "município", "república", "salário", "senado". Além do caráter lingüístico, de sua proveniência latina, o que elas têm que ver com a Roma antiga?
3) Considerando o que foi discutido nos itens anteriores, proponha que os alunos escrevam uma redação dizendo se se consideram ou não herdeiros da civilização romana. Por quê?
Grécia Antiga
Objetivos
1) Conhecer as características da civilização grega;
2) Situar historicamente os principais períodos da história da Grécia;
3) Discutir o conceito de democracia;
4) Associar elementos da civilização grega com instituições e conceitos de nossa sociedade.
Comentário
Embora o tema Grécia Antiga tenha um caráter introdutório no ensino fundamental, seu estudo deve abranger os diferentes aspectos políticos, sociais, culturais e artísticos que fazem da Grécia o berço da civilização ocidental.
A utilização de um mapa do império helênico torna mais fácil uma visão de conjunto e a percepção da relevância que a civilização grega tinha na época.
Material
O texto Grécia - Antigos gregos deram origem à democracia e à civilização ocidental pode servir como ponto de partida para a aula.
Estratégias
1) Inicialmente, proponha a seus alunos a leitura do texto indicado no item anterior;
2) Depois da leitura, os alunos devem se organizar em duplas para trabalhar as informações do texto;
3) Cada dupla deve formular uma pergunta sobre o tema, discutindo com o professor sua relevância e propriedade;
4) As perguntas devem ser entregues ao professor e colocada numa urna.
Atividades
1) Uma gincana é realizada na classe, com o sorteio de perguntas;
2) A cada pergunta sorteada, a dupla que souber a resposta levanta a mão. Se a resposta for correta, a dupla ganha um ponto. Se a resposta estiver errada, a dupla perde dois pontos. Se a resposta estiver apenas parcialmente certa ou incompleta, a dupla não ganha nem perde pontos;
3) Ao fim de cada pergunta, o professor revê a matéria e esclarece as razões do acerto ou do erro, fornecendo a resposta correta;
4) Faz-se a contagem de pontos, declarando vencedora a dupla com maior número de acertos.
Sugestões
Vários recursos podem ser utilizados como ferramentas de trabalho para essa unidade. Mapas do império helênico, imagens da arquitetura, dos monumentos e da arte na Grécia, museus e instituições culturais fornecem um material rico e variado sobre o tema.
Assinar:
Postagens (Atom)